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"Cada ESCOLA é uma escola. Cada PROFESSOR é um professor. Cada TURMA é uma turma. Cada ALUNO é um aluno.
Que bom que assim seja! Vamos por isso buscar o encontro dos nossos pontos comuns e CRESCER
com a troca do diferente de cada um de nós".

William Shakespere

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

“Vamos trabalhar com metas”, afirma secretária de Educação


Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, a nova secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho (foto), fala dos desafios e da política que pretende adotar à frente do novo cargo, faltando menos de 40 dias para o início do novo ano letivo:

Qual o primeiro desafio que a senhora espera enfrentar dentro da Secretaria Estadual de Educação?
O primeiro desafio é tomar conhecimento da estrutura da secretaria e de seu funcionamento. Sabemos que em oito anos de gestões, com dez secretários, tivemos muitas interferências e descontinuidades e isso é um problema que realmente nos preocupa muito. A partir daí, vamos traçar uma política, uma política de ação. A secretaria precisa de um plano estadual de educação, precisa dessa reestruturação, precisa de uma conversa com os professores, com os diretores de escolas, porque temos de estar colocando esses alunos em sala de aula agora no dia 14 de fevereiro, que é o nosso calendário para o início do período letivo de 2011.

Então haverá um trabalho para tentar reunir as escolas e os professores nesse esforço?
Olha, é difícil chegar a todos os professores. Mas estamos chegando já aos coordenadores de seções da secretaria e vamos chegar aos diretores de Direds (Diretorias Regionais de Educação) para começar a identificar as dificuldades e fazer um diagnóstico amplo. Porque já temos diagnósticos muito preocupantes. E vamos traçar as metas, vamos trabalhar com metas. E trabalhar na expectativa de ter uma colaboração. Estou indo (para a secretaria) em nome da universidade, com apoio do meu Departamento de Educação, que já tem uma série de ações junto à secretaria.

Ações que deve contribuir em seu trabalho?
Vai se somar certamente. E precisamos ter condições de trabalho, o que a governadora vem nos prometendo e, realmente, tem demonstrado priorizar a educação, assim como a saúde e a segurança. Ela sabe das nossas condições. E também esperamos ter um tempo, porque em um passe de mágica a gente não reestrutura nada. Comperve trabalhamos ao longo de oito anos para ir dando passos junto com os professores da rede e não tivemos discrepância em relação a eles. Muitos estudos foram desenvolvidos.

E por acaso, esses estudos apontam as dificuldades existentes no Ensino Médio da rede pública?
Exatamente. A experiência que a Comperve nos deixa, com um amplo banco de dados, nos dá muitas condições de identificar quais são as dificuldades. Temos trabalhos que apontam todas as informações que devem ser tomadas como referência pelo sistema educacional, através das dificuldades reveladas pelos candidatos nas provas do vestibular. Esse diagnóstico possibilita a nós partirmos para um plano concreto.

Um diagnóstico já preocupante, revelado inclusive pelos secretários anteriores, é o que indica a necessidade de aproximadamente 4 mil novos professores na rede, sendo que milhares dos que integram a rede estão atualmente fora de sala de aula. Resolver esse problema é um dos pontos cruciais?
É um dos pontos cruciais, sim. A governadora e os setores de planejamento e de finanças já baixaram um decreto para identificar, através de uma espécie de chamamento dos professores, se realmente precisamos desses 4 mil professores, tendo em vista que há um número enorme de profissionais que deveriam estar em sala de aula e estão em outras funções. Só com base nesse levantamento é que poderemos saber qual a carência real. Sabemos que tem carência, lógico, mas queremos saber qual a carência real.

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