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"Cada ESCOLA é uma escola. Cada PROFESSOR é um professor. Cada TURMA é uma turma. Cada ALUNO é um aluno.
Que bom que assim seja! Vamos por isso buscar o encontro dos nossos pontos comuns e CRESCER
com a troca do diferente de cada um de nós".

William Shakespere

sábado, 16 de julho de 2011

Nem tudo está perdido!

Por Eleika Bezerra, professora e diretora executiva no Instituto de Desenvolvimento da Educação – IDE

A Professora Tânia Maruska - enquanto aluna do Programa de Formação de Alfabetizadores (PROFA) encaminhou uma carta avaliativa para a sua Professora Dra. Maria José Gadelha. Pedi autorização a ambas para levar ao conhecimento de outras pessoas que torcem pela melhoria da educação escolar básica pública. A limitação de espaço nos leva a selecionar alguns trechos da referida carta.

"É sempre um grande prazer assistir as suas aulas, onde encontramos um espaço de interlocução e troca constante de saberes".

“Houve momentos de discussões acerca dos assuntos apresentados e momentos de execução do aprendido na nossa sala de aula. As atividades de organização de rotina, de construção de estratégias de trabalho baseadas nos textos do módulo e vídeos, bem como nas experiências compartilhadas com as colegas. Sugestões de como agrupar os alunos e aplicações de avaliações diagnósticas me auxiliaram na construção dos relatórios iniciais da minha turma, onde pude observar melhor meus alunos, aplicando adequadamente as estratégias que permitiam obter uma melhor avaliação da concepção de escrita em que se encontravam".

"As análises e reflexões trazidas à tona na aula do dia 18 de abril, quando pudemos avaliar quais os conhecimentos que havíamos incorporado a nossa práxis mais facilmente e aqueles que ainda se encontravam em fase de apreensão, foi bastante interessante, pois coletivamente pudemos constatar que algumas ações eram executadas de forma intuitiva e apoiadas na experiência, mas estavam corretas ou não, outras fundamentadas à luz da teoria, e outras que irão se ajustando as nossas velhas práticas e as modificando ou enriquecendo. Esse caleidoscópio foi muito pertinente, visto que pude ressignificar algumas posturas e práticas em sala".

"Após as discussões fomos assistir ao vídeo que trazia inúmeras situações com recursos didáticos que orientavam para um novo olhar sobre aquelas velhas práticas. Situações que mostravam de forma irrefutável que todo ensino seja ele tradicional ou não, depende da forma como é aplicado pelo professor, da forma como ele concebe, enxerga e acredita o mundo; de como organiza o seu planejamento e o executa. A cópia pode ser utilizada como uma forma de treinar a escrita, de conhecer novas tipologias textuais, de registrar acontecimentos "A proposta para discutir e redimensionar antigas práticas do ensino tradicional foi muito proveitosa, onde pudemos então fazer em duplas ou individualmente a análise comparativa relativa à cópia e ao ditado no ensino tradicional e para resolução de problemas".

"Um grande escritor e criador de palavras e expressões Guimarães Rosa diz que "mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende". Essa disponibilidade para aprender deve ser a premissa de um educador e é dessa forma que você vem semeando o que acredita na gente, mostrando através da corporeificação pelo exemplo como se constrói um profissional da educação".

"A prática de uma pedagogia da presença se encontra na raiz do seu trabalho docente, sinto que tão importante quanto os conteúdos que são trabalhados em sala conosco é o seu cotidiano testemunho de esperança, amor, respeito e compromisso com a profissão, com seus alunos e com a nossa luta por uma educação de fato transformadora que atenda a todos de forma igualitária e que não corrobore para manter a situação do status quo em que nos encontramos hoje".

Se a escola não consegue dispor de alfabetizadores para verdadeiramente alfabetizar - é hora de "virar de cabeça para baixo" tudo que está ai! As professoras Maria José e Tânia permitem que se diga: nem tudo está perdido!

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